O Século XX
A Segunda Guerra MundialGONÇALVES, Williams da Silva
Memória da BarbárieA História do Genocídio dos Judeus na Segunda Guerra Mundial
Campos de ExtermínioCYTRYNOWICZ, Roney
Hannah Arendt e a banalidade do mal
A Novidade TotalitáriaSOUKI, Nádia
O Século XX
A Segunda Guerra MundialGONÇALVES, Williams da Silva
Williams da Silva Gonçalves
Graduação em História pela Universidade Federal Fluminense-UFF
Mestrado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro-PUC/RJ
Doutorado em Sociologia pela Universidade de São Paulo-USP
Pensamento dos historiadores
Até o fim da década de 50 tanto os historiadores da corrente liberal quanto da corrente marxista concordavam que Hitler era responsável pelo desencadear da 2° Guerra Mundial.
Rompimento de idéias
Em 1961 o historiador inglês A.J.Taylor,publicou um livro que defendia que Hitler apenas deu seqüência a uma estratégia política dos dirigentes do século anterior.
Motivos desencadeantes
Vários fatores,dentre este a crise econômica de 1929.(Queda da Bolsa de Nova York).
Os historiadores são unânimes em afirmar que a humilhação imposta aos alemães na 1° Guerra Mundial exacerbou o nacionalismo e ódio por outras nações.
O Partido De Hitler
O Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães (Nazis)
Encontra culpados :Comunistas,social-democratas,judeus,banqueiros,grandes empresários e aos países vizinhos que tentavam impedir que a Alemanha se realizasse como grande nação.
Datas importantes da imposição do Partido Nazis
•30de janeiro de 1933 Hitler torna-se Chanceler da Alemanha.
•Outubro de 1933-Retirada da Alemanha da Conferência de Genebra sobre o desarmamento e, depois da Liga das Nações.
•1934 tenta sem êxito,a integração com a Áustria.
•Março de 1935 anuncia o restabelecimento do serviço militar obrigatório.
Datas importantes da imposição do Partido Nazis
•1935 apóia a invasão italiana da Etiópia.
•Apoio ao General Franco mandando tropas alemãs para combater as brigadas de comunistas e socialistas na Guerra Civil Espanhola.
•1936 Reintroduz as forças armadas alemães na região da margem esquerda do Rio Reno.
•1936 firma o eixo Roma-Berlim e o Pacto Anti-Komirten com o Japão.
Por que a Inglaterra e a França não reagiam?
A França não reagia porque sua estratégia militar era de defensiva e não de ataque. Além de que faltava autoconfiança para reagir à Alemanha e a França também sentia-se muito dependente da Inglaterra. Já esta não reagia porque os dirigentes conservadores ingleses sabiam que os alemães não se conformariam com o Tratado de Versalhes. A imposição da Alemanha servia de estratégia para os ingleses,era uma forma de contrabalancear o poderio dos franceses.
Conferência de Munique29 de setembro 1938
Reuni:
Hitler (Alemanha)Mussolini (Itália),
Edouard Dalier(França)Neville Chamberlain (Inglaterra)
Cedem a Hitler as terras dos Sudetos (região daTchecoslováquia)
A Aliança de Stálin e Hitler
Rendição Francesa
•Ataque alemão privilegiado pela técnica e pela potencialização dos armamentos.
•Sentimento de ódio e ressentimento alemão.
Guerra Européia Guerra Mundial
•Operação Barbarossa
•Ataque Pearl Harbor
A Reviravolta
•Junho de 1942 – Batalha naval de Midway no pacífico – Norte Americanos põem fim ao avanço japonês
•Outubro de 1942 – Batalha de El Alamein no Egito – Comandante Britânico Montgomery quebra invencibilidade do general alemão Rommel e expulsa forças do eixo do norte da áfrica
•Fevereiro de 1943 – Batalha de Stalingrado - Exército soviético, com a ajuda do inverno, vence alemães e parte para Berlim
•Julho de 1943 - Os Aliados desembarcam na Sicília. Mussolini é destituído e a Itália muda de lado.
Dia “D”
6 de junho de1944 – força anglo-americana, comandada pelo General Eisenhower desembarca na Normandia, no noroeste da França, pressionada pela vitória soviética sobre os nazistas e o domínio de Stalin sobre a Europa oriental.
Libertação da França
24 de agosto de 1944 – General francês Jacques Leclerq, comandando a segunda Divisão do Exercito Francês liberta Paris – No dia seguinte, 25 de agosto o general De Gaulle entra em Paris para assumir o governo da França em nome da Resistência da França Livre.
Acontecimentos finais
•4 a 11 de fevereiro de 1945 – conferência de Yalta (URSS) – Stalin, Roosvelt e Churchill dividem a Europa em zonas de influência
•12 de abril de 1945 – Roosevelt morre e é substituído pelo vice Harry Truman
•Final de abril - exército russo promove cerco a Hitler
•30 de abril – Hitler suicida-se em Berlim
Acontecimentos finais
•6 de agosto de 1945 – EUA lançam bomba atômica sobre Hiroshima para demonstrar ao mundo o poder da nova arma – (8h16m, 500m altitude + de 200 mil mortos)
•9 de agosto de 1945 – Lançamento da bomba sobre Nagasaki
•14 de agosto de 1945 – Rendição Japonesa
Memória da BarbárieA História do Genocídio dos Judeus na Segunda Guerra Mundial
Campos de ExtermínioCYTRYNOWICZ, Roney
Introdução
O autor do texto, o historiador Roney Cytrynowicz, constrói o texto basicamente a partir de:
•Textos e vídeos de outros autores e/ou historiadores;
•Depoimentos de envolvidos e de sobreviventes dos campos;
Linha de produção da morte
•A morte tratada como indústria, numa lógica custo-benefício;
•Corpos como matéria-prima;
•A construção dos campos de extermínio;
•A utilização das câmaras de gás.
Campos de extermínio
Os Campos de extermínios eram seis, todos localizados na Polônia:
•Belzec: Funcionou de março a dezembro de 1943;
•Sobibor: Funcionou desde maio de 1942 até o final do ano de 1943;
•Chelmno(Kulmhof): Começou a operar em dezembro de 1941 e funcionou até 1943;
•Treblinka: Funcionou desde julho de 1942 até o fim de 1943.
•Auschwitz-Birkenau : Construído em 1940 para confinar prisioneiros de guerra soviéticos e até o final de 1944 ainda era utilizado para matar inocentes, nas câmaras de gás.
•Maydanek: Funcionou de 1942 a 1944.
Campos de extermínio
Os campos de Auschwitz e Maydanek, eram imensos complexos em que havia um campo de extermínio e também um campo em que foram instaladas indústrias que empregavam o trabalho forçado dos presos.
Chegada aos campos
Os Judeus eram deportados de seus países de origem ou da Polônia, por meio de trens totalmente lacrados e lotados, com minúsculas janelas fechadas com arame farpado e, ao longo do percurso, enfrentavam várias dificuldades como a falta de ar, o calor excessivo, a fome e a sede. Devido à esses fatores, muitos não resistiam e acabavam morrendo antes mesmo de chegar aos campos. Ao chegar aos campos, os judeus eram iludidos pelos nazistas que diziam à eles que iriam trabalhar no campo.
A seleção
Os médicos selecionavam quem tinha condições para o trabalho e quem não tinha. Eles decidiam seus destinos indicando o lado pra qual deveriam ir:
Esquerda: Significava morte ou Direita: Significava trabalho
Gás mais eficaz
Projeto de um engenheiro do exército, chamado Heinz Krammler. O Zyklon B era um gás letal, tecnicamente mais eficiente que os caminhões de assassinato por gás carbônico, até então utilizados.
•O gás causou uma mudança na visão dos executores.
Solução final
Os nazistas pensavam que os judeus eram um problema na sociedade européia e, por isso, deveriam ser eliminados de forma rápida, eficaz e definitiva. Eles seguiam uma lógica de purificação da humanidade (anus mundi).
Banalização da morte
Para banalizar a morte e tirar-lhe qualquer peso ético, e também para ocultar o extermínio e dificultar qualquer tipo de oposição ao tratamento dado aos judeus, os nazistas criaram uma linguagem própria dos campos, utilizando outros termos(códigos) para certos procedimentos e materiais por ele utilizados.
Os muçulmanos
A última fase de um judeu antes da morte, os chamados “muçulmanos”, homens em pele e osso, que chegavam a pesar 30kg em alguns casos. A total destruição física e psicológica.
Fim dos campos
Os campos de extermínio foram destruídos pelos alemães com a proximidade do fim da guerra, para eliminar todos os traços do extermínio.
•Número de mortos
Hannah Arendt e a banalidade do mal
A Novidade TotalitáriaSOUKI, Nádia
O Conceito de Novidade
Fontes
Castoriadis: Os destinos do totalitarismo
Primo Levi: Les naufragés el tes rescapés
Rausset: Les jours de notre mort
Bettelheim: O coração informado
Enegrén: La pensée politique de Hannah Arendt
Vetö: Archives de Philosophie
Abranches: Pensamento e considerações morais
Châtelet, Pisier-Kouchner: As concepções políticas do século XX-história do pensamento politico. Riesman: Amultidão Solitária
Bobbio, Matteucci, Pasquino: Dicionário de política.
Ibidem
Lefort: Hnnah Arendt e questão do político
Young-Bruehl: Hannah Arendt
Livros de Hannah Arendt:
Entre o passado e o futuro
Espril
O poderoso mágico
Origens do totalitarismo
A vida activa e a Era Moderna
A vida do espírito
Pathos do Espanto
A diferença entre os filósofos e a multidão
“Agir”
Àrkhein e Práttein
Agere e gerereAs duas etapas da ação
Ação e Liberdade
Ação e liberdade coexistemAgir corresponde a começar, e juntos constituem a novidadeSanto Agostinho em Hannah Arendt
A Fonte da Liberdade
A fonte da liberdade permanece presente, mesmo quando a vida política se torna petrificada.A novidade se constrói dentro da ação política.
Compreendendo a novidade totalitária
“Compreender não no sentido de perdoar, mas sim reconciliar com um mundo onde esses acontecimentos são simplesmente possíveis.”
O Totalitarismo em Questão
•O Totalitarismo como Novidade
•Origens do Totalitarismo
Anti-semitismo
Imperialismo
“... e o que há de mais glorioso que conquistas de territórios exóticos e raças de pele escura, sobretudo quando normalmente era barato dominá-los?”
Eric J. Hobsbawn
“Exigimos terras (colônias) para alimentar o nosso povo e nelas instalar a população excedente.”Programa do partido Nazis
Totalitarismo
“Não se deve tratar o assunto como coisa que já passou e ficou no passado. Hoje ainda persistem elementos totalitários em regimes não totalitários. A medida que se tenta escondê-los, eles ganham mais força.”
Antônio Abranches
Anti-semitismo como problema social
•Imperialismo como disfarce do processo ilimitado em que triunfa o Totalitarismo
•Traços distintivos do Imperialismo
Filme: THE NAZISUm Alerta da HistóriaBBC (35:18)
“A falta mais grave de ORIGENS DO TOTALITARISMO é a ausência de uma análise histórica e conceitual do pano de fundo ideológico do bolchevismo.”
Nadia Souki
Noção Genérica
É um certo modo extremo de fazer política caracterizado pela mobilização em massa da sociedade, sem opositores e ligado a uma figura carismática, o líder.
Marxistas X Liberais
Liberal X Totalitarismo
Acidente superado ou fato político
Ideologia e Terror
Destrinchando, desmembrando, o sistema totalitário.
Pilares do Totalitarismo: Ideologia e Terror.
•Abole a liberdade, elimina a espontaneidade, suprime toda ação.
•Destruição das redes de comunicação, promover a mobilização das massas despolitizadas.
•Características dessas massas: Volume de pessoas, apatia, mutismo político, vindas do caos da 1ª guerra. Os desempregos, a inflação, abriram caminho para o totalitarismo esmagar todas as distinções.
•Comunidade X Sociabilidade
Sistema de dominação: estrutura da cebola
•O dirigente age a partir do centro
•Aparência de normalidade, proteção da realidade
•Eliminação da consciência individual
•Cumplicidade
“Minha consciência está limpa eu estava apenas cumprindo com o meu dever” Franz Stangl
Campos de extermínio
•Laboratórios do Totalitarismo
•Instituição Central
Objetivo:
Não a transformação do mundo, mas modificação da natureza humana
“Segundo Hannah Arendt os campos de concentração não são apenas destinados ao extermínio das pessoas, servem também para eliminar a própria espontaneidade enquanto expressão do comportamento humano e transformar a personalidade humana em simples coisa, em que nem mesmo os animais possuem.”
Campos de extermínio
•Destruição da pessoa jurídica e moral do indivíduo: cumplicidade entre vítima e carrasco. “O nazismo degrada suas vítimas, torna-as semelhantes a ele mesmo.”
•Atmosfera de irrealidade e seu equivalente clima de ficção e fluidificação da consciência.
•Sociedade mais totalitária já realizada, modelo social perfeito para a dominação total.
•Isolamento, fechamento ao mundo de todos os homens.
•Irrealidade e incredibilidade
Campos de extermínio
•Objetivos dos campos:
Minar a individualidade dos prisioneiros (Massa dócil)
Espalhar o terror (Suprimir a resistência)
Os campos tornaram-se um laboratório experimental para se estudar os meios mais efetivos de fazer o terror.
Loucura e cumplicidade
Filme: THE NAZISUm Alerta da HistóriaBBC (40:49)
Mal Radical
Impossibilidade existente
Idéia
Lógica
Ideologia
Coerência
Burocracia
Supremacia do Líder
Ausência de Leis
Propaganda Totalitária
•Outra face do Terror
•Organização (acúmulo de forças)
•Doutrina
“A propaganda totalitária cria um mundo capaz de competir com o mundo real, cujo principal desvantagem é não ser lógico, coerente e organizado.”
A Massa
•Isolamento
•Desarraigamento
•Superfluidade
Sentimento de não pertencer, isolamento,encontram espaço no movimento.
Conclusão
•Reflexão
•Banalidade do mal
Considerações Finais
Bibliografia Complementar
Livros e Textos:
Marques, Adhemar Martins.História Contemporânea através de textos/ Adhemar Marques, Flávio Berutti, Ricardo Faria. 4.ª ed. - São Paulo: Contexto, 1994. - (Textos e documentos; 5)
Hobsbawn, Eric.J. A era dos impérios (1875-1914).Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1988.
Michel, Henri. Os fascismos. Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1977. (Coleção Universidade Moderna, v.56)
Ribeiro, João Jr. O Que é Nazismo. Editora brasilense.
Aranha, Maria Lúcia Arruda; Martins, Maria Helena Pires Filosofando – Introdução a Filosofia. Pág. 251-257. Ed. Moderna.
Konder, Leandro. Introdução ao fascismo. 2.ª ed., Rio de Janeiro, Graal Ltda., 1977. (Biblioteca de Ciências Sociais, v.3, Série Política)
Arendt, Hannah. O sistema totalitário. Lisboa, Publicações Dom Quixote, 1978. (Coleção Universidade Moderna, v.60)
Poulantzas, Nicos. A crise política. In:Revista Mosaico. Belo Horizonte, DCE-UFMG, novembro de 1972.
Richard, Lionel. A República de Weimar. São Paulo, Companhia das Letras, 1988.(Coleção a Vida cotidiana)
Programa do NSDAP. In: Buron Thierry e Gauchon, Pascal, Os fascismos. Rio de Janeiro, Zahar Editores. (Biblioteca de Cultura Histórica)
Aquino, Denize e Oscar. História Geral. Ed. Ao Livro TécnicoArruda, José Jobson Toda a História. Ed. Ática
Periódicos:
Revista Veja, agosto de 1945, Editora Abril
Desvendando a História, ano 1 nº 2, Editora Escala Educacional
Holocausto, Edição especial, Editora Escala
Audiovisual:
Filmes:
“A onda” [ The wave] – Dur.: 45 minutos – Direção: Alex Grasshof - País: EUA - Ano: 1981 Elenco: Bruce Davison, Lori Lethins, John Putch, Jonny Doran,Pasha Gray, Valery Ann Pfening.
“The Nazis – Um Alerta da História” – Dur.: 95 minutos – Produzido por Laurence Rees. – Ano: 1997
“O pianista” [Le Pianiste] - Dur.: 148 minutos - Direção: Roman Polanski
“A Lista de Schindler” [The Schindler's List] - Dur.: 195 minutos - Ano: 1993Direção: Steven Spielberg
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