- Introdução:
O autor do texto, Roney Cytrynowicz, desempenhou a fundo seu papel de historiador, buscando, a partir de livros de outros autores, como Hannah Arendt que escreveu “As origens do Totalitarismo” e, principalmente, através de depoimentos de pessoas envolvidas e de sobreviventes, contar com detalhes, o genocídio cometido contra os judeus no período da Segunda Guerra Mundial.
- Linha de produção da morte:
O extermínio dos judeus começou com a invasão da União Soviética pelas tropas nazistas em junho de 1941, mas para o autor a construção de seis campos de extermínio com câmaras de gás, no fim do mesmo ano, na Polônia, é que concretizou o que ele chama de “plano organizado de genocídio dos judeus”. O autor conta a história do genocídio dos judeus, citando, principalmente, o processo industrial e a lógica nazista de custo-benefício, que era matar o maior número de pessoas no menor tempo possível, gastando o mínimo e aproveitando ao máximo os cadáveres (ossos e cabelos, como matéria-prima para a indústria e gordura dos corpos como combustível para incineração.)
- Destruição em massa:
Segundo o autor, o uso das câmaras de gás nos campos de extermínio marca uma ruptura na história e representa uma lógica de destruição de milhões de pessoas.
- Campos de morte:
O autor utiliza a obra de Hannah Arendt, “As origens do Totalitarismo”, citando trechos de seu texto, para criar uma idéia de como eram os campos de extermínio e como era o tratamento dado aos judeus enquanto “vivos”. O autor também faz menção à estimativas feitas pelo historiador Raul Hilberg, do número de mortos nos campos de extermínio e à deportação dos judeus de seu países de origem para os campos. O autor cita o depoimento de Rudolf Vrba, um dos sobreviventes do campo de Auschwitz, sobre como os nazistas agiam para camuflar o que estava esperando pelos judeus, para não causar pânico.
- A seleção:
De acordo com Robert Lifton, outro historiador citado pelo autor, todo o processo de seleção de quem iria morrer e de preparação das câmaras de gás era feita pelos médicos. Em depoimento, Goebbels, ex-medico, relata que sua função era cirúrgica, e que o fazia para a Europa iria morrer da epidemia judaica. O autor descreve a partir de trechos do livro de Filip Muller, ex-trabalhador do campo de Auschwitz, como era feita a separação dos judeus a partir da chegada nos campos, de quem iria trabalhar e de quem não serviria.
- Gás mais eficaz:
O autor conta, a partir de citações do texto do historiador Robert Lifton, porque o gás utilizado nas câmaras foi modificado, pelo então chamado Zyclon B, e o que isso mudou na visão dos executores.
- A linguagem dos campos:
O autor utiliza o depoimento do ex-barbeiro de Treblinka, Abraham Bomba e de dois sobreviventes do gueto de Vilna, Motke Zaidl e Itzhak Dugin, para descrever quais termos eram usados pelos nazistas e o que eles queriam dizer.
- Banalização da morte:
O autor cita o depoimento do dr. Joseph Kremer, ex-médico de Auschwitz, à Leon Poliakov, historiador, para dar uma idéia de como a morte era tratada pelos nazistas, como uma forma de purificar a humanidade.
- Os muçulmanos:
O autor cita trechos do livro de Primo Levi, “É isto um homem?” para descrever a última fase de um judeu antes da morte, os chamados “muçulmanos”, homens em pele e osso, que chegavam a pesar 30kg em alguns casos e também as táticas utilizadas pelos nazistas para destruir o físico e o psicológico dos presos de Auschwitz, inclusive com o próprio Levi, que sobreviveu graças aos conhecimentos de química que lhe possibilitou trabalhar no laboratório do campo.
- Fim dos campos:
O autor utiliza estimativas feitas pelo historiador Raul Hilberg, para citar o número de judeus mortos nos campos de extermínio e nos campos de concentração nos países ocupados pela Alemanha, até o fim da Segunda Guerra Mundial.
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